domingo, 25 de julho de 2010

La véritable amitié.


  Em mais uma noite de insônia, peguei-me pensando nos amigos que tenho, no que faz eles serem ou não verdadeiros. Sempre escutei falarem que os amigos, amigos mesmo, são os que sempre estão presentes, não apenas em boas ocasiões, mas também nas ruins.
  Tentei lembras dos amigos que já tive, dos que hoje tenho. Raros foram os que enquadraram-se na conhecida frase, a grande maioria fazia parte do meu passado. E esses, eu não sei se posso falar que são verdadeiros já que não falo nem os vejo a muito tempo, apenas nos nossos anos de amizade, era como na frase, estávamos sempre unidos.
  Não sentia-me bem por causa desses pensamentos. Desabafei, falei que não me sentia bem, que não aguentava mas isso acontecendo, perguntei se o problema era eu, por que era assim que eu julgava, é tão mas fácil pensar em apenas uma pessoa para causar tanto tormento, principalmente se esse só atinge a mesma pessoa. E então, uma frase: "O problema talvez seja pensar que é o problema." e um "Se precisar de ajuda...", não sei se é algo real como eu penso, mas agora eu sinto que tenho alguém que posso confiar. É tão estranho, impressionante como as coisas podem mudar, por que quando eu conheci a pessoa que me falou isso, não nos gostávamos, falávamos ou algo parecido, mas do começo do ano até aqui, tudo mudou, está tudo tão diferente e o mais incrível, está tudo MUITO MELHOR !
  Obrigada por estar tornando-se uma pessoa especial para mim.  @ThiagoV

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Não mais.

  Faziam alguns dias que não nos víamos e nem nos falávamos, havíamos brigado mais uma vez. Uma certa noite, sonhei com você. Para melhor dizer, sonhei com nós dois. Estávamos em uma praia, deitados na areia, olhávamos o por do sol. Foi tão lindo. Quando acordei, a unica coisa que desejei foi ter-te ao meu lado, poder abraçar-te, beijar-te, olhar em seus olhos e falar coisas bonitas, ou até não falar nada. Por alguns momentos pensei que tudo poderia ser diferente dessa vez, que tudo iria mudar.

Mandei uma mensagem assim que pude, queria falar com você, mas não podia ser assim, estava tão longe, em outra cidade a quilômetros de distância, não era a minha intenção deixar-te tão curioso, só queria avisar. Falamo-nos ao anoitecer, conversamos, e marcamos de nos encontrar.

Eu viajaria dai a alguns dias, conversaríamos, nos acertaríamos e tudo seria como o que eu havia planejado. Para arruinar tudo, minha vagem atrasou, chegaria três dias após o combinado. E assim foi, sai sexta pela noite, cheguei sábado de manhã. Como estava exausta da viagem, deixei para vê-lo apenas no domingo.

Acordei cedo, tinha que sair com alguns parentes. Voltei para almoçar, depois disso fui para sua casa. Chegando lá, estavam alguns parentes seus, entre eles, o irmão e a cunhada, que eu considero amigos. Cumprimentei-os, sentei e conversamos, depois de algum tempo fomos os quatro para o quarto, conversávamos e arrumávamos uma prateleira com livros.

Tudo estava indo bem, muito bem. Meus lábios haviam encontrado os seus novamente, isso era o que eu mais queria durante tanto tempo. Passei uma tarde perfeita em sua casa até que você fez o que eu não queria. Eu queria muito entender por que fez aquilo, sabia tanto que eu não gostava. Com isso eu fiquei com raiva, passei ainda algum tempo esperando para poder ir embora.

Chegando em casa, liguei o computador, você veio falar comigo, falou que "Qualquer mulher gostaria disso!". Ai está o problema, eu não sou qualquer mulher e sabia muito bem que eu não gostava disso, eu já havia dito a você.

Essa foi a gota d'água. Quando isso aconteceu depois de tantas e tantas brigas, entre elas as voltas. Isso perturba, não me faz bem. Depois disso tudo eu cansei de tentar, por que você nunca reconheceu que eu tentei, sempre a culpa era minha, sempre eu estava errada. Agora não dá mais pra mim, por mais que eu tenha que aguentar olhar todos os dias para você e ser ignorada, é o que vai acontecer por que eu não quero mais, dessa vez eu resolvi: não vou mais sofrer por você

sábado, 17 de julho de 2010

O prazer da vida


  Hoje acordei sentindo-me estranha, meio tonta e atordoada. Lembro-me que tive um sonho estranho, um mesmo sonho, repetidas vezes, mas não sei por que, não consigo lembrar-me do mesmo. 
  Levantei-me, tomei um banho esperando com esse relaxar, fui a cozinha, ninguém havia acordado, peguei uma maçã, comi-a. Voltei e terminei de arrumar-me. Fui ao quarto, peguei na minha estante um caderno e meu estojo, arranquei uma folha e escrevi: "Fui à praça, voltarei logo.", Deixei o bilhete sobre a mesa, peguei a chave e sai. 
  Durante todo o caminho fui pensando em por que o mundo é tão complexo e em por que estava sentindo-me tão diferente hoje, por que as coisas eram sempre difíceis pra mim, questionava os motivos.
  Cheguei à praça, algumas pessoas faziam caminhada, outras brincavam com seus filhos no parque, alguns sentados, conversavam. Sentei e encostei-me em uma árvore, abri o caderno, peguei uma caneta, parei para pensar em algo à escrever.
  Fitei todos a minha volta, após alguns segundos parei meu olhar em algumas pessoas mal vestidas, aparentemente uma família, os filhos mexiam e remexiam um cesto de lixo, os pais, um pouco mais distantes, procuravam algo em outro lixeiro da praça, algumas vezes observou que tiravam garrafas e colocavam-nas em um carrinho, as vezes as crianças parava com o 'trabalho' e afastavam-se para brincar no parque. Enquanto essas pessoas com vidas difíceis se esforçavam em um domingo de manhã cedo, com seus filhos, algumas crianças choravam aos pés dos pais por um brinquedo novo que ainda não tinham.
  Voltei o olhar para a primeira família, eles felizes, sorriam e conversavam com seus filhos. Enquanto andavam, o homem abaixou-se e pegou algo o chão, falou com a mulher, essa parou, os filhos ficaram juntos dela, aquele saiu, e foi até uma padaria que se localizava do outro lado da rua, demorou algum tempo, saiu de lá com algo comestível, chamou a família, sentaram-se à grama e comeram, dividindo cada pedaço igualmente. Após isso, as crianças foram ao parque e passaram algum tempo brincando, os pais levantaram-se da grama, e os filhos foram até eles. Foram embora.
  Quando não pude mais vê-los, apoiei a caneta e comecei a escrever. Ao terminar o texto, levantei-me, sorri, caminhei em direcção a minha casa sabendo agora que nem tudo é tão simples e que é a dificuldade que deixa cada pequena ou grande coisa, sempre mais prazerosa.